28/05/13 - 09:05
A Polícia Civil, por meio da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), em parceria com policiais militares do Comando de Missões Especiais (COE), policiais civis do Grupo de Pronto-Emprego (GPE), com apoio do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp), capturaram, nesta segunda-feira, 27, seis integrantes de uma quadrilha especializada em roubos a carros-fortes, na rodovia Alça Viária, nordeste do Pará.
A prisão do bando ocorreu enquanto os criminosos planejavam assaltar um carro-forte na região. O veículo seguia pela rodovia, de Belém, com destino à cidade de Acará, nordeste paraense, levando R$ 1 milhão em dinheiro. O crime não foi consumado graças à ação dos policiais civis e militares, que já monitoravam a quadrilha, desde a madrugada.
Em poder do bando, foi apreendida uma arma de guerra, metralhadora calibre ponto50, usada em artilharia antiaérea, e uma escopeta calibre 12.
A apresentação do bando foi realizada, na Delegacia-Geral da Polícia Civil, no início desta noite, pelo delegado-geral Rilmar Firmino; delegada-geral adjunta, Christiane Ferreira; diretor da DRCO, delegado Ivanildo Santos; diretor da Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos, delegado André Costa; delegada Aline Ferreira, do Núcleo de Inteligência Policial (NIP), e subcomandante do Comando de Missões Especiais (CME), tenente-coronel PM Simão Salim.
A operação denominada de “Cabrobó” contou com a parceria dos Núcleos de Inteligência das Polícias Civil dos Estados de Sergipe e Maranhão, em articulação com o NIP do Pará. A espingarda foi roubada de vigilantes de uma empresa de segurança privada, durante assalto a carro-forte em Redenção, no mês de março deste ano.
Além desse roubo, ressalta o delegado Ivanildo Santos, diretor da DRCO, o bando foi responsável por outro roubo a carro-forte ocorrido, em janeiro deste ano, em Tailândia, sudeste do Pará. Ao todo, 12 homens integram a quadrilha. O núcleo do bando é da cidade de Cabrobó, interior de Pernambuco.
Os presos são os pernambucanos Edson Nogueira de Carvalho, 24 anos; Cícero Matias de Sales, 32, de apelido “Cicinho”; Marcelo Eugênio Dantas, 26; Cleilson Dantas de Sales, 39, de apelidos “Grande” ou “Mamão”, primo de Marcelo, e Célio Marcos Freire Alves, 29, e o paraense Magno Aires Freire, 23, natural de Tucuruí e primo de Célio.
Além das armas, foram apreendidas três bananas de dinamite, três espoletas e três rolos de cordel detonante para explosivos. Foram encontradas ainda 50 munições de calibre 7.62mm, e 10 de calibre ponto50, e ainda cinco caixas para munição de calibre 12 e mais 50 de calibre 556. Dois carros – uma Ecosport e um Fiat Doblô – foram apreendidos, além de ferramentas e até farofa, que seria usada como alimento pela quadrilha, enquanto permanecesse na mata.
Conforme os policiais civis, o bando já tem crimes cometidos nos Estados de Pernambuco, Maranhão, Bahia e Pará. Segundo o delegado André Costa, da Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos, da DRCO, as investigações identificaram a movimentação da quadrilha na noite de ontem.
O plano do bando era interceptar o carro-forte na rodovia. Eles usariam a metralhadora antiaérea para atingir o veículo blindado. Mas o bando foi preso antes do crime.
No momento da abordagem policial, houve troca de tiros. Cinco deles conseguiram fugir. O líder do bando foi identificado como José Dantas Brandão, conhecido como “Zezinho”, irmão do preso Marcelo Dantas que já tem comprovada a participação nos assaltos em Tailândia e Redenção.
Após o tiroteio, já com apoio da Polícia Rodoviária Federal, os policiais civis e militares fizeram buscas na mata, mas não conseguiram capturar os fugitivos, que já estão identificados e terão suas prisões solicitadas à Justiça.
Ainda, conforme o delegado, o bando atua também em assaltos a bancos na modalidade conhecida como “vapor”, em que os bandidos sitiam a cidade, atiram no quartel e delegacia; rendem funcionários e clientes bancários e, depois, fogem com reféns.
Na articulação do bando, dois deles – Marcelo e Magno – são responsáveis pela logística da quadrilha, enquanto os demais atuam de forma direta nos roubos.
Fonte: Polícia Civil.
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