Reajuste anual autorizado pela Aneel para a Celpa está acima da
inflação.
Para residências, alta foi de 7,49%; para empresas foi de 14,9%.
Justiça do Pará determinou o aumento da conta
de
energia (Foto: Reprodução/TV Liberal)
Um estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese/ PA), revelou que as contas de energia elétrica em todo
Pará estão mais caras. O reajuste médio foi de 10%, para os consumidores
residenciais a alta foi de 7,49% e para o setor empresarial foi de 14,90%. Ambos
os reajustes acima da inflação, segundo o Dieese.energia (Foto: Reprodução/TV Liberal)
Na autorização dada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), no dia 31 de julho, para o reajuste das contas de energia da Celpa para vigorar a partir do dia 07 de agosto foi condicionada a regularização e comprovação das obrigações setoriais por parte da empresa. Mas, a Celpa conseguiu autorização na Justiça do Pará e está fazendo o reajuste para todos os consumidores paraenses independente da regularização de seus débitos conforme decidiu a Aneel.
Segundo o Dieese, este reajuste está alcançando cerca de 1,83 milhão de unidades consumidoras em 143 municípios do Pará. O percentual de reajuste autorizado foi, em média, de 10% dividido da seguinte forma: o percentual de reajuste anual para os consumidores residenciais (baixa tensão e baixa renda) é de 7,49%; já os grandes consumidores da Celpa (Alta tensão - consumidores comerciais e industriais de médio e grande porte) o reajuste autorizado pela Aneel foi bem maior, chegando a 14,90%.
Em agosto de 2010, quando a Aneel autorizou o último aumento para a Celpa, o reajuste médio para os consumidores residenciais foi de 10,94% e teve a seguinte distribuição: para o consumidor residencial o reajuste foi de 11,89% e os de baixa renda o reajuste foi de 5,71%. No mesmo período para os grandes consumidores, o reajuste autorizado pela Aneel foi bem maior, chegando a 14,90%.
Mais de 1,8 mil residências são atendidas pela
Celpa no Pará (Foto: Reprodução/TV Liberal)
Impactos sobre os consumidores Os impactos no bolso dos consumidores paraenses com os sucessivos aumentos nas contas de energia elétrica desde a privatização da Celpa são bem maiores do que somente os percentuais autorizados no aniversário das privatizadas ou das revisões tarifarias, como agora.
Segundo o Dieese, a elevação das alíquotas de ICMS sobre a energia elétrica em janeiro de 2011, aliado aos reajustes para cobrir os prejuízos da Rede Celpa com o apagão em janeiro 2002 e mais os ajustes anuais do Seguro Apagão (até 2005), fizeram com que o valor da tarifa de Energia Elétrica cobrada pela Celpa no Pará tivesse um crescimento expressivo, trazendo ainda mais impactos sobre as contas de Energia Elétrica para todos os paraenses.
Segundo MPF, Celpa é a pior concessionária
de
energia do Brasil em 2012 (Foto: Shirley Penaforte /
Amazônia Jornal)
Ainda segundo o Dieese, a elevação acumulada nas contas de energia para o
consumidor residencial paraense, desde a privatização, em julho de 1998, até
agora (com este novo reajuste - incluindo os reajustes e reduções oficiais,
assim como a elevação da alíquota de ICMS e a questão resultante do apagão), já
chega a cerca de 245%.energia do Brasil em 2012 (Foto: Shirley Penaforte /
Amazônia Jornal)
Para os grandes consumidores, o reajuste acumulado no mesmo período também é expressivo. Segundo o Dieese, somente nos últimos 10 anos, incluindo este ano, o reajuste médio para o setor comercial e industrial no Pará já acumula um total de cerca de 154%. Em 2011, a Aneel não autorizou reajuste, mas sim uma prorrogação dos percentuais autorizados em 2010 (10,47%).