(Foto: Polícia Civil)
As investigações para prender os integrantes da
quadrilha que causou terror em São Miguel do Guamá, nordeste do Estado, na
última terça-feira, continuam com todos os esforços. Policiais civis e militares
cercaram todos os limites do município e a divisa com o estado do Maranhão, mas,
por enquanto nenhum bandido foi capturado.
O assalto milionário foi considerado audacioso e uma
afronta aos policiais civis e militares. Os bandidos explodiram o destacamento
da PM e dispararam rajadas de metralhadoras nos policiais que estavam de
expediente. Os militares ainda tentaram responder, atirando contra o grupo de
assaltantes que cercaram o local. “Os policiais foram corajosos, pois o
armamento dos bandidos era maior e eles foram pegos de surpresa. Nossos
policiais só tiveram a opção de revidar e sair pelos fundos do destacamento.
Felizmente, ninguém se feriu com as granadas e as rajadas de metralhadoras”,
disse o comandante do CPR III, Tenente Coronel Bitencourt.
Enquanto um grupo segurava os PMs no destacamento, os
demais bandidos, cerca de quinze homens, explodiam o Banco do Brasil que fica às
margens da rodovia federal BR – 010. A explosão foi ouvida a vários quilômetros
de distância. Os bandidos estavam preocupados em roubar apenas o dinheiro
deixado nos dois cofres da agência. De acordo com informações do superintendente
da zona do salgado, os três caixas eletrônicos, contendo um valor aproximado em
R$ 600 mil, foram esquecidos pela quadrilha. “Eles sabiam o que queriam. Foram
com o objetivo apenas de levar todo o dinheiro que estava nos cofres. Deixaram
os caixas eletrônicos sem nenhum arranhão. É uma quadrilha especializada nesse
tipo de assalto”, disse o delegado Luiz Xavier.
A agência do Banco do Brasil de São Miguel do Guamá, não
divulgou o valor exato que foi levado pela quadrilha, mas como se trata de
inicio do mês, a polícia acredita que o valor ultrapasse mais de R$ 1 milhão de
reais. O delegado Luiz Xavier informou que o grupo tem ramificações em outros
Estados, mas contou ajuda fundamental de gente do município. “É uma quadrilha
extremamente perigosa e audaciosa. Eles deviam ter informantes de toda
movimentação do banco e da polícia. Com certeza, parte do grupo é de outros
estados.
Estamos analisando as imagens do circuito interno que
conseguimos para ter mais respostas desse assalto”, disse.
Segundo ainda o delegado, a quadrilha mostrou frieza
durante a execução do serviço. O grupo não demonstrava nervosismo e nem
preocupação em levar o dinheiro. “As imagens mostram um grupo perigoso e
especializado nesse tipo de assalto. Eles sabiam que tinham tempo suficiente
para roubar o dinheiro. O caminhão tipo bi-trem usado pela quadrilha, não foi
utilizado para levar o dinheiro. Foi usado com o objetivo de destruir e passar
por cima de qualquer barreira policial que por ventura fosse montada”, concluiu
Luiz Xavier.
Grupos especializados da polícia civil e militar, como o
Comando de Operações Especiais (COE), Grupo de Pronto Emprego (GPE) e da Divisão
de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), estão na região do nordeste paraense
para tentar levantar pistas que levem aos integrantes da quadrilha. Por
enquanto, ninguém foi preso.
(Diário do Pará)
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