A Polícia Civil do Pará apresentou, no ultimo sábado, 15, presos por envolvimento com a quadrilha que assaltou dois bancos, no município de Viseu, nordeste do Estado, no final de janeiro. As prisões foram realizadas em Belém, e nos municípios de Irituia e Paragominas. Outro integrante do bando foi preso em Araguaína, no Tocantins, e será transferido para Belém, na próxima semana. Com as prisões, já são sete integrantes da quadrilha presos e um morto. Outros três estão foragidos. Todos os presos foram conduzidos para Belém e apresentados na Delegacia Geral da Polícia Civil, ao delegado geral Rilmar Firmino. Ainda, durante a operação, a equipe de policiais civis da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) localizou seis armas de fogo, explosivos, quatro camisas confeccionadas com as inscrições da Polícia Federal, três equipamentos de radiotransmissão, tipo HT; distintivos policiais, coletes balísticos e cordões detonadores, usados pelo bando.
O material estava enterrado em um sítio, comprado pela quadrilha, na zona rural do município de Nova Esperança do Piriá, no Pará, situado próximo à fronteira com o Maranhão. Sob o comando dos delegados Ivanildo Santos e André Costa, da DRCO, a operação policial de busca à quadrilha teve início imediatamente após os assaltos registrados em 30 de janeiro deste ano, em Viseu. Quatro dias depois, foi preso o primeiro envolvido no crime. Alessandro de Sousa Ferreira, 33 anos, conhecido como “Sandro” ou “San”, foi capturado em Carutapera, no Maranhão. Com ele, bananas de dinamite; mais de mil reais em cédulas chamuscadas e uma escopeta de calibre 12 foram apreendidas. Foragido, ele já estava com mandado de prisão preventiva decretada pela Justiça de Ananindeua, desde junho de 2013, por envolvimento no assalto a um empresário e formação de quadrilha, em que foram usadas camisas com o nome da Polícia Federal semelhantes às apreendidas.
Em 6 de fevereiro, foi morto, em troca de tiros com policiais civis e militares, na zona rural de Carutapera (MA), Antônio Fernando Ferreira dos Santos, de apelidos “Baixote” ou “Maranhão”. Com ele, uma pistola calibre 40, de uso restrito às forças policiais, foi apreendida. “Baixote” participou dos assaltos a bancos em Baião, em 2013, e em São Domingos do Capim, em 2013. Conforme o delegado Ivanildo Santos, diretor da DRCO, a equipe policial localizou o assaltante escondido na mata. No momento da abordagem, ele fez diversos disparos contra os policiais, que revidaram aos tiros.
Buscas - O delegado André Costa ressaltou o apoio imprescindível do juiz Lauro Alexandrino, da Comarca de Viseu, que subsidiou as investigações policiais, e o apoio diuturno da Polícia Militar do Pará e do Maranhão, do GTA (Grupo Tático Aéreo), do Maranhão, e da SEIC (Superintendência Estadual de Investigações Criminais do Maranhão), nas buscas à quadrilha, nos últimos 43 dias, e todo apoio dispensado pelas equipes do Núcleo de Inteligência Policial (NIP) do Pará; do Grupo de Pronto-Emprego (GPE) e das Superintendências Regionais da Zona do Salgado (Castanhal), da Zona Bragantina (Capanema) e do Araguaia Paraense (Redenção). “Todo o trabalho contou com mais de 100 policiais, do Pará e Maranhão, e com duas aeronaves em tempo integral”, salienta.
No decorrer das buscas ao bando, os policiais civis da DRCO capturaram no sábado passado, em Belém, Moisés da Silva Gomes, 34 anos. Com ele, dois coletes balísticos foram apreendidos. Neste sábado, os policiais prenderam mais quatro envolvidos com o bando, entre eles, o líder da quadrilha, Antônio Josinei de Oliveira Souza, 25, de apelido “Guerreiro”, preso em Belém. Os demais assaltantes, presos em Irituia, são Júlio Nonato do Nascimento, 27, de apelido “Julinho”; Adauto de Araújo Portela, 37, e João Vieira Sobrinho, 23. Ainda, durante a operação, foi preso Carlos Alberto Carvalho Gomes, 44, que deu apoio logístico ao bando. Com ele, dois coletes, um da Polícia Civil e outro de empresa de segurança privada, foram apreendidos.
As investigações mostraram que Antônio Josinei e Julio compraram o sítio usado para esconder o material, por R$ 30 mil. Outro preso, desta vez, em Paragominas, foi Railson Silva Santos, 27. Já Anilton da Silva Rodrigues, 34 anos, de apelido “Nariz de Bruxa”, foi preso em Araguaína, nesta tarde, em Tocantins. Durante as diligências, neste sábado, uma equipe de policiais civis localizou, na rural de Nova Esperança do Piriá, os seguintes materiais: dois fuzis - AK-47 e Mosquefal, uma metralhadora Uzi, uma escopeta calibre 12, duas pistolas ponto 40, cordões de detonação de explosivos, aparelhos de radiotransmissor, camisas com a identificação da Polícia Federal, coletes e distintivos. Um tubo de PVC usado para esconder as armas e mantê-las enterradas no sítio também foi apreendido.
Os levantamentos feitos mostraram que a quadrilha é responsável por cinco assaltos a bancos no Pará: Baião, Água Azul do Norte (ataque a caixa eletrônico com explosivos), Nova Timboteua (tentativa de arrombamento a caixa eletrônico), São Domingos do Capim e Viseu, ocorridos entre 2013 e 2014. O mesmo banco é apontado pelos assaltos a bancos em Colinas, no Maranhão, e em Tocantins. “Esse bando atua basicamente nos três Estados, Pará, Maranhão e Tocantins”, destacou Ivanildo Santos. Os presos ficarão recolhidos à disposição da Justiça. As investigações prosseguem visando prender os demais membros do bando.
fonte: portalprincesa.com
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